Nise da Silveira e a ciência do amor
Palavras-chave:
mulher, protagonismo, ciênciaResumo
A psiquiatra e cientista Nise da Silveira conseguiu inserir as artes no tratamento de seus pacientes com transtornos mentais em detrimento a práticas mais desumanas. O enfrentamento ao machismo estrutural e o protagonismo feminino a fizeram um marco referencial em relação à utilização das artes como importante ferramenta no tratamento dos seus pacientes. Nessa perspectiva, surge na esfera escolar, o projeto intitulado “Nise: a ciência do amor”, uma pesquisa quanto à aplicabilidade de sequências didáticas que utilizassem a arte em turmas do 9º ano do ensino fundamental, com o foco na saúde mental dos estudantes, visualizando o protagonismo estudantil, além da possibilidade de um trabalho voltado às competências socioemocionais. Dessa forma, oito alunos monitores das turmas de 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Firmino Coelho em Canindé/CE trabalharam durante seis meses sequências didáticas nas aulas de arte abordando a saúde mental. Foram aplicados questionários iniciais e finais para verificar se os resultados do projeto poderiam ser considerados satisfatórios, além de sugestões às demais esferas educacionais do município de Canindé/CE para a implantação de projetos similares. O trabalho desenvolvido caracterizou-se como uma pesquisa-ação por perceber uma situação-problema e sobre ela atuar, além de ser uma pesquisa bibliográfica, tendo como principais referências a Base Nacional Comum Curricular (2018), Frayze-Pereira (2003), Macedo (2021) e Reis (2014). Por fim, foi verificado, através de dados compilados a partir da pesquisa, que a hipótese quanto à possibilidade da utilização da disciplina de arte associada à saúde mental nas escolas, foi comprovada.