HISTÓRIAS DE MULHERES E MUSEU VIRTUAL: MEMÓRIA E ENSINO DE HISTÓRIA EM JAGUARIBE/CE

Resumo

A desigualdade de gênero persiste como um fenômeno estrutural que impacta mulheres em diversas esferas sociais, econômicas e políticas. A sub-representação feminina em espaços de decisão, a desvalorização de profissões historicamente ocupadas por mulheres e a invisibilidade de suas conquistas refletem um modelo patriarcal que restringe sua autonomia. Como argumentam Scott (1995) e Millet (1970), o gênero é uma construção social que estrutura relações de poder e reproduz desigualdades. No contexto de Jaguaribe-CE, a pesquisa investiga a resistência e o empoderamento feminino, destacando a luta das mulheres por reconhecimento e equidade. Fundamentado nas teorias de Foucault (1971) e Sardenberg (2009), o estudo analisa como as relações de poder moldam a historiografia e reforçam exclusões, mas também possibilitam resistência e transformação. A proposta inclui a inserção dessas narrativas no ensino de História, promovendo uma educação crítica e emancipadora. Conforme Almeida (2011), a desigualdade não é natural, mas socialmente construída, exigindo mudanças estruturais. Dessa forma, ao dar visibilidade às experiências das mulheres jaguaribanas, o estudo contribui para o fortalecimento do protagonismo feminino nas esferas política, econômica e acadêmica.