SENTIDOS E SIGNIFICADOS SOBRE SER PROFESSOR NA PERSPECTIVA DOS TERRITÓRIOS AMAZÔNICOS

Palavras-chave: Formação de professores, Práticas Educativas, Territorios Amazonicos

Resumo

O presente trabalho tem como foco a formação de professores e os desafios do ser professor nas territorialidades Amazônicas, diante das diversidades socioculturais, em contraposição a lógica do pensamento único (SANTOS 2008).  Para isso, foram analisadas as representações sociais sobre ser professor nas interfaces Amazônicas, presente nas Teses e Dissertações dos Programas em Educação na Amazônia Brasileira. É uma pesquisa de cunho bibliográfico, do tipo estado da Arte (PILLÃO, 2009), na qual foram catalogadas Teses e Dissertações nos últimos 5 anos (2015 a 2019), configurando o lócus da pesquisa, o banco de dados de 11 Programas de Pós-Graduação em Educação da região norte. Os resultados dessas pesquisas revelam processos contraditórios de lutas a favor do fortalecimento das identidades que apontam a necessidade de rupturas aos projetos de formação inicial.  São trabalhos que refletem os modelos de escolas, de sujeitos e culturas que se encontram nos territórios amazônicos. Um movimento no qual as Instituições de Ensino Superior são desafiadas a redimensionarem os processos que formam os professores. Estes estudos apresentaram como resultados, formações que estavam conectadas as problemáticas que permeiam a prática docente na Amazônia, dentre elas, destacam-se: a) as condições precárias de trabalhos que, por vezes, neutralizam a prática educativa dos professores, fortalecendo projetos homogeneizadores; b) as condições de infraestrutura e desvalorização do trabalho docente, ou seja, a formação de professores deve ser protagonizada e abranger as especificidades dos sujeitos, não se resumindo a uma ação mecânica. 

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Biografia do Autor

Joana d'Arc Vasconcelos Neves, Universidade Federal do Pará

Doutora em Educação. Docente da Faculdade de Educação Campus de Bragança-FACED- UFPA, Coordenadora e Docente do Programa de Pós-Graduação em Linguagens e Saberes na Amazônia (PPSLA)-UFPA. Pesquisadora da Catedra Paulo Fereire da Amazonia e do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Diversidade na Amazonia. 

Ewely Weny de Sousa Sousa, Universidade Federal do Pará

Discente do curso de Pedagogia Faculdade de Educação; Universidade Federal do Pará. Docente auxiliar na Escola Joao Paulo no municipio de Bragança -Pa.  

Gislene da Silva Oliveira, SEDUC-PARÁ

Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Linguagens e Saberes na Amazônia (PPLSA) – Linha de Pesquisa Educação, Linguagens e Culturas Amazônicas. Especialista em Língua Portuguesa - Uma Visão Discursiva (UFRJ) e
Docente da rede estadual de ensino SEDUC-PA.

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Publicado
30/03/2022