LETRAMENTO BIOLÓGICO

vinculando conhecimentos científicos à cidadania

Palavras-chave: Alfabetização Biológica, Letramento Científico, Ensino de Biologia, Ensino de Ciências

Resumo

A atualidade tem sido marcada pela constante dificuldade da população em articular os conhecimentos discutidos em sala de aula com aquilo que vivenciamos em sociedade cotidianamente. Tais fragilidades fazem com que as decisões tomadas por esses atores por vezes sejam baseadas em ideias distorcidas e convicções sem amparo na realidade, culminando em toda sorte de problemas sociais e ambientais. É no seio dessa discussão que surge a preocupação em educar cientificamente as pessoas, e assim instrumentalizá-las para compreender e atuar ativamente nos debates sobre questões relevantes para a humanidade a nível local e global. Nesse sentido, este trabalho buscou consolidar os significados e aplicações do Letramento Biológico no Ensino de Biologia, a partir dos conceitos de Letramento Científico e de Alfabetização Biológica, ideias já há muito difundidas nas pesquisas sobre Ensino de Ciências. Para tanto, o caminho metodológico traçado segue os passos de um estudo de natureza qualitativa, sendo uma pesquisa bibliográfica do tipo narrativa. Nas seções que se seguem exploramos melhor o conceito de Letramento Biológico, recentemente cunhado no artigo “Educação Científica na era da pós-verdade: a fragilização dos conhecimentos biológicos”, desenvolvendo a ideia por trás do conceito, tentando estabelecer em termos mais práticos sua aplicação no ensino de biologia no contexto da educação básica brasileira.

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Biografia do Autor

Francisca Valkiria Gomes de Medeiros, Me., Secretaria de Educação do Estado do Ceará (SEDUC-CE)

Mestre em Educação e Ensino pelo Mestrado Acadêmico Intercampi em Educação e Ensino (MAIE) pertencente à Universidade Estadual do Ceará (UECE). Especialista em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI). Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), campus Jaguaribe. Professora de Biologia da rede pública de Ensino Médio do Ceará, lecionando nas Escolas EEMTI Deputado Joaquim de Figueiredo Correia e EEM Enéas Olímpio da Silva, em Iracema, Ceará.

Antonio Augusto Morais Feitosa, Esp., Secretaria de Educação do Estado do Ceará (SEDUC-CE)

Especialista em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI). Graduado em Licenciatura em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - campus Jaguaribe. Professor de Biologia da rede pública de Ensino Médio do Ceará, lecionando na EEEP Poeta Sinó Pinheiro (PSP), em Jaguaribe, Ceará.

Fabrício Américo Ribeiro, Dr., Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) - campus Caucaia

Pós-doutor e Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Especialista em Administração Escolar pela Universidade Vale do Acaraú (UEVA). Graduado em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) - campus Caucaia.

Antonio Cícero Maia Cavalcante, Dr., Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) - campus Caucaia

Doutor pelo Programa de Doutorado em Biotecnologia da Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO). Mestre pelo Mestrado no Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Graduado em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Graduado em Licenciatura em Ciências Biológica pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) - campus Caucaia.

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Publicado
06/05/2024