A NECESSIDADE DA INCLUSÃO DE DISCIPLINAS SOBRE GÊNERO, SEXUALIDADE E DIVERSIDADE NO CURRÍCULO OBRIGATÓRIO DO ENSINO MÉDIO
Palavras-chave:
Gênero, Diversidade, Currículo, Inclusão, Ensino médioResumo
O debate sobre gênero, sexualidade e diversidade nas escolas tem se tornado cada vez mais necessário para a construção de ambientes educativos inclusivos e respeitosos. Partindo do pressuposto de que a educação formal deve promover a equidade e combater o preconceito, esta pesquisa teve como objetivo analisar a percepção dos estudantes do ensino médio sobre a disciplina eletiva “Gênero e Diversidade” e defender sua inclusão como componente curricular obrigatório. Fundamenta-se nos estudos de Louro (1997), Scott (1995) e Bento (2006), que discutem gênero como categoria de análise e suas implicações na educação. A pesquisa adotou o método de estudo de caso, com abordagem qualitativa, utilizando como técnicas de coleta de dados rodas de conversa, dinâmicas de grupo e análise de materiais pedagógicos produzidos pelos alunos. A análise dos dados foi realizada por meio da análise de conteúdo, conforme Bardin (2016). Os resultados evidenciam que a disciplina é percebida como essencial pelos estudantes para a promoção da inclusão e a redução do preconceito no ambiente escolar. A significativa defesa pela obrigatoriedade da disciplina reflete o impacto positivo das práticas pedagógicas interativas e reflexivas sobre as percepções dos estudantes.
Downloads
Referências
AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: Informação e Documentação – Artigo em publicação periódica científica impressa – Apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5 p.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.
BENTO, Berenice. Sexualidade e saber: convites a uma crítica foucaultiana. São Paulo: Garamond, 2006.
BRANDÃO, Antonio Helonis Borges. Trajetórias de um clássico: autorias, edições e leituras do Pavão Misterioso. Revista Escritas do Tempo, v. 3, n. 8, p. 73-98, mai./ago., 2021.
CARRARA, Sérgio. Discriminação, preconceito e intolerância: perspectivas e práticas. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 31, n. 1, p. 13-20, 2015.
DAFLON, Verônica Toste. Pedagogias da diferença: raça, gênero e práticas antirracistas na educação básica. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2021.
FRANÇA, Junia Lessa; VASCONCELLOS, Ana Cristina de. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 7. ed. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2004.
GASKELL, George. Entrevistas individuais e grupais. In: BAUER, Martin W.; GASKELL, George (orgs.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002. p. 64-89.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1989.
HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro, 1993.
LE COADIC, Yves-François. Ciência da informação. 2. ed. Brasília: Briquet de Lemos, 2004. 124 p.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
MIRANDA, Augusto Ridson de Araújo. Nos meios-termos dos mundos: dialética entre sentidos históricos e profissionais de professores-referência dos cursos de História da UECE. Tese (Doutorado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2022. 533 f.
MISKOLCI, Richard. Desejos contemporâneos: diversidade sexual, políticas de identidade e pós-modernidade. Rio de Janeiro: Garamond, 2017.
MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa; SILVA, Tomaz Tadeu da. Currículo, cultura e sociedade. São Paulo: Cortez, 2002.
SCOTT, Joan W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, jul./dez., 1995.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
