A EDUCAÇÃO SANITÁRIA, AS NOVAS TECNOLOGIAS E A IMPORTÂNCIA DE UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA LIBERTADORA

Palavras-chave: Educação sanitária, Promoção da saúde, Saneamento básico, Pedagogia crítica

Resumo

O estudo objetiva analisar a construção de uma educação sanitária, de cunho ambiental, integrada à prática pedagógica libertadora para crianças e adolescentes, mediante novas tecnologias como ferramentas pedagógicas de exploração e elucidação sobre a realidade social. Trata-se de um estudo qualitativo, com abordagem descritiva, mediante pesquisa bibliográfica, tendo como documento norteador o Plano de Educação Ambiental e Sanitária da cidade de Fortaleza (CE). O PEAS prevê aspectos a nível teórico e prático, a partir da realização de ações de forma a colaborar e fortalecer as ações do Programa Fortaleza Cidade Saudável em duas áreas de atuação, compreendidos pelo Parque Rachel de Queiroz (PRDQ) e Vertente Marítima (VM), executadas pela Equipe de Educação Ambiental, compreendendo os projetos de a) Ecopontos; b) Árvore da Minha Calçada; c) Adoção de Espaços Públicos e Áreas Verdes; d) Sustentabilidade nas Obras; e) Se Liga na Rede; f) Requalificação de Pontos de Lixo; g) Implantação de Escolas PEV e Espaços Reciclando Atitudes. Assim, a dimensão pedagógica libertadora das práticas pauta-se em projetos ocorridos fora da escola, como possibilidade de repensar a realidade social. A comunidade escolar pode se apropriar positivamente das ações para uso próprio, junto a novas tecnologias. Para fazer com que, não apenas a política pública do PEAS, mas tantas outras ações de importância sanitária ganhem vida no universo escolar, é preciso compromisso por parte destes. Nesse ínterim, a dimensão libertadora do processo de educação sanitária dá-se pode ser revelada através da transformação da prática pedagógica.

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Biografia do Autor

Claudia Maria de Sousa, Universidade Estadual do Ceará

Especialista em Mídias na Educação. Graduação em Ciências da Natureza e Matemática pela
Universidade Federal do Ceará e Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. Mestrado
Profissional em Saúde da Criança e do Adolescente, Universidade Estadual do Ceará.

Lídia Andrade Lourinho, Universidade Estadual do Ceará

Pós-doutora em Saúde Coletiva, Doutora em Saúde Coletiva, Mestre em Educação em Saúde. Pedagoga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga. Mestrado Profissional em Saúde da Criança e do Adolescente, Universidade Estadual do Ceará

Rosendo Freitas de Amorim, Secretaria de Educação do Ceará

Pós-Doutor em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFBA. Doutor em Sociologia pela UFC. Professor/Técnico da Secretaria de Educação do Ceará (SEDUC).

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Publicado
19/08/2024