A leitura e consequentemente as interpretações pertinentes do que é lido desafiam a educação brasileira. Esse problema atinge os estudantes, mas também considerável parcela dos docentes, como se esse compromisso fosse um dever de ofício dos professores da Área de linguagens e códigos, quando na verdade é uma tarefa dos docentes de todas as Áreas. Precisamos reconhecer que desenvolver o hábito da leitura é um compromisso prioritário dos profissionais do magistério, que deve ser estimulado dentro e para além da escola.
Paulo Freire já advertira no seu processo revolucionário de alfabetização que o ato de ler é basilar pra que o educando crie possibilidades de ler o mundo. De lá pra cá o mundo ficou mais complexo, mutante, tecnológico e multicultural, exigindo uma ampliação da concepção de leitura e fazendo emergir questionamentos que conduziram às discussão acerca da necessidade de multiletramentos.
A leitura é um desafio que conclama docentes e discentes. O hábito de ler precisa ser enfatizado dentro e
fora dos muros da escola. As tecnologias digitais propiciaram crescentemente o acesso a outras linguagens
(gêneros textuais) e culturas exigindo uma educação fundamentada no multiletramento facilitado pelo
acesso das novas tecnologias à cybercultura.
Doravante a formação docente exige que os professores, em algum nível, procurem desenvolver com base na ética e na moral uma capacidade crítica, principalmente na matéria prima de apreensão do conhecimento que provêm da leitura, da capacidade de produzir multitextos e amadurecer uma visão interdisciplinar e integral do  conhecimento adquirido.
Do ponto de vista formal o currículo escolar assemelha-se a um caleidoscópio de disciplinas separadas em caixas distintas. No entanto, as diretrizes curriculares nacionais sinalizam para uma formação interdisciplinar e transdisciplinar. Portanto, o desafio posto aos professores do século XXI reside em levar os estudantes à compreensão de que as tecnologias digitais podem ser aliadas na capacidade de contribuir para que eles conectem a luta por um desenvolvimento sustentável com a educação ambiental e sanitária e com a possibilidade de melhoria da saúde numa perspectiva integral.

O Brasil é o segundo país do mundo, ficando atrás apenas da Nigéria na quantidade de população negra. A África é o continente que abriga a maior parte dessa população no mundo, apresentando uma diversidade cultural ímpar. Esses fatos contribuíram para que a capa da revista homenageasse esse continente, cuja multiculturalidade foi disseminada pelo mundo como consequência da diáspora escravagista provocada pelo colonialismo europeu. O autor do trabalho escolhido é o aluno(a) FRANCISCO WILLIAN OLIVEIRA ARAUJO da Escola EEEP PROFESSOR EMMANUEL OLIVEIRA DE ARRUDA COELHO - CREDE 4.

Publicado: 03/09/2024

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